quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Uso da água pode provocar revolução na matriz energética


Gás hidroxi, obtido por eletrólise, aumenta eficiência de combustíveis fósseis e diminui níveis de poluição.

Já existem alternativas disponíveis para diminuir a dependência da humanidade em relação ao petróleo, baseadas no uso da água como matéria-prima para a produção do gás hidroxi. Essa foi a discussão que permeou a palestra A energia limpa e abundante da água no contexto da revolução energética, ministrada hoje (28) pelo engenheiro metalúrgico Thomas Soares, coordenador adjunto da Associação Software Livre.Org, no último dia do 13° Fórum Internacional Software Livre (fisl13), em Porto Alegre.

De acordo com Soares, a busca por tecnologias mais baratas e eficientes para a obtenção de energia não desperta o interesse dos grupos que controlam a matriz energética mundial, fortemente baseada no uso de combustíveis fósseis como a gasolina ou o diesel. No entanto, já há pesquisas e práticas consolidadas relativas ao uso do gás hidroxi, obtido a partir da separação das moléculas de hidrogênio e oxigênio por meio da eletrólise, que possibilitam o aumento da eficiência e diminuição da poluição gerada pelo uso da gasolina, aumentando também a vida útil do motor. “Com a instalação de um kit no automóvel, nos mesmos moldes dos kits de GNV, é possível aumentar a economia de combustível em até 40%, dependendo do modelo do carro”, explicou.

Segundo o engenheiro, uma das dificuldades enfrentadas no uso do kit é justamente modificar ou conhecer o funcionamento do software usado na injeção eletrônica dos veículos, programada para trabalhar somente com álcool ou gasolina e que não tem código aberto.

Outra possibilidade estudada é a geração do hidróxi por meio de ressonância. “Os pulsos elétricos na água geram uma alta produção do gás, suficiente para mover um motor de até mais que 1.0”, detalhou Soares. No entanto, a pressão da indústria do petróleo ocorre no sentido de manter o uso dos combustíveis da maneira como ocorre atualmente, impedindo-nos de dar um salto tecnológico e energético, criticou. Na dificuldade de obter incentivos ao uso do hidróxi na indústria automobilística, empresários têm usado o gás para outras finalidades, como a modelagem de metais, acabamentos em plásticos e vidros, solda e corte e até fogões que utilizam o hidróxi em vez do GLP.

Nenhum comentário:

Postar um comentário