Os ativistas do Greenpeace estão no Polo Norte para mostrar os efeitos das mudanças climáticas, que afetam os oceanos, a vida marinha e a nossa também. Confira o relato do começo de nossa jornada pelos mares do planeta.
Destruir os oceanos é destruir meu futuro
Por Fanny Jönsson*
Um mar azul-turquesa com pedaços de gelo flutuante é o cenário que vejo da minha janela. Mais ao longe, há grandes montanhas que lembram a cobertura de um merengue, com seus picos cobertos de neve. Dia atrás, vi uma morsa que parecia beijar seu filhote. Eles estavam em cima de um bloco de gelo e passaram bem em frente minha janela.
Eu estou a bordo do Arctic Sunrise, o navio do Greenpeace, em algum canto do mar de Barents, em Svalbard, Noruega.
Nem tudo aqui é beleza e calmaria sempre. De vez em quando ouvimos um estrondo, como um trovão. Minutos depois, uma enorme onda atinge o navio indicando que outro pedaço de geleira partiu de um iceberg e se juntou à água do mar.
E a água aqui nunca foi tão quente. Nossos termômetros estavam acima do zero e as temperaturas médias para essa época do ano estão 8 ºC acima do normal. Em Svalbard, os últimos 100 meses tiveram temperaturas acima da média.
E a água aqui nunca foi tão quente. Nossos termômetros estavam acima do zero e as temperaturas médias para essa época do ano estão 8 ºC acima do normal. Em Svalbard, os últimos 100 meses tiveram temperaturas acima da média.
O que eu vim fazer aqui? Estou navegando no Ártico em um das expedições mais incríveis – e ambiciosas – que o Greenpeace já fez. Temos um ano para ir do Polo Norte até o Polo Sul. E, durante o percurso, vamos mostrar as principais ameaças que nossos oceanos estão enfrentando, como as mudanças climáticas, a sobrepesca e a perda da biodiversidade, as atividades petrolíferas e a poluição de plástico.
Neste momento, a ONU está discutindo como devemos proteger nossos oceanos e as áreas prioritárias. Segundo os cientistas, a saída é simples: um terço dos oceanos precisa estar protegido até 2030. Se isso não acontecer, os oceanos e a vida marinha que conhecemos e amamos serão destruídos.
Isso também significa que meu futuro será destruído. Metade do oxigênio que eu respiro vem dos mares. Eu morro se eles morrem.
E nós não vamos permitir que isso aconteça.
Criar uma rede de santuários marinhos é eficaz. Deixar o oceano fora do alcance de indústrias destrutivas permitirá que as espécies se recuperem e sobrevivam. É por isso que o Greenpeace está fazendo de tudo para abrir caminho a novos santuários marinhos no mundo.
Para isso, precisamos de você. Sua voz é essencial para chegar aos nossos governantes que estão tomando decisões sobre a vida futura dos oceanos.
Faça parte do nosso abaixo-assinado, proteja os oceanos e fique por dentro da nossa expedição.
Faça parte do nosso abaixo-assinado, proteja os oceanos e fique por dentro da nossa expedição.
* Fanny Jönsson é coordenadora de comunicação do Greenpeace Nórdico e está a bordo do Arctic Sunrise, no Oceano Ártico.
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